Reunião de Câmara 4-3-2015
Projecto
lei: Urgências hospitalares
Tendo em conta que ultimamente têm-se
sucedido notícias dando conta das imensas dificuldades vividas nas urgências
hospitalares: serviços sobrelotados, doentes que aguardam horas e horas por
atendimento, profissionais extenuados, falta de espaço nos serviços, doentes
internados em macas nos corredores são realidades que estão a ocorrer cada vez
com mais frequência um pouco por todo o país.
O BE
apresentou um projecto de lei pela reorganização funcional da rede de serviços
de urgência, propondo-se que todos os serviços hospitalares com urgência
polivalente e médico-cirúrgica passem a dispor de um serviço de urgência
básica, a funcionar de forma articulada e integrada, e instalado em espaço
próprio do respectivo hospital.
PROJETO DE LEI N.O 763/XII
(4.ª) REORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DA REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA
Chegámos ao absurdo de ver filas de
ambulâncias em espera, paralisando as corporações de Bombeiros, que assim,
ficam impedidos de responder a outras situações de urgência. Esta situação
demonstra a degradação da qualidade das urgências do Serviço Nacional de Saúde
(SNS), consequência das políticas de austeridade deste governo que podem até
poupar euros mas que não poupam vidas. Esta degradação da qualidade leva a que
os doentes aguardem horas num serviço de urgência, e que, nalguns casos, essa
espera culmine com a sua morte enquanto aguardam atendimento, o que é
absolutamente intolerável. Este panorama agrava-se no inverno mas a desorganização
dos serviços de urgência, o seu mau funcionamento e os tempos de espera cada
vez mais prolongados são permanentes e constantes ao longo de todo o ano. O
inverno e as gripes próprias da época não são responsáveis pela degradação dos
serviços de urgência hospitalares, apenas agravam os problemas e as
dificuldades que condicionam a resposta daqueles serviços. A crise das
urgências não é um problema sazonal. A sobrelotação dos serviços de urgência e
as longas horas de espera são o resultado mais visível dos cortes praticados no
SNS pelo ministro Paulo Macedo quer nos hospitais quer nos centros de saúde.
Nos hospitais, cortando nas equipas e no número de camas disponíveis. Nos
centros de saúde, reduzindo horários e consultas.Em três anos e meio Paulo Macedo bateu todos os recordes: o mais baixo financiamento para o SNS, os maiores cortes na contratação de profissionais - médicos, enfermeiros e técnicos - a maior redução de horas extraordinárias, o maior número de serviços encerrados (urgências, SAPs, extensões de centros de saúde, serviços e unidades hospitalares), a maior redução nas equipas escaladas para as urgências, o maior corte nos meios de emergência, a maior redução no horário de funcionamento dos centros de saúde.
Os cortes de Paulo Macedo sangraram as urgências hospitalares daquilo que as faz funcionar bem e com eficácia: os profissionais de saúde. As equipas escaladas para as urgências estão reduzidas ao mínimo, faltam médicos, enfermeiros e técnicos em número suficiente para garantir um atendimento a tempo e horas e de qualidade.
Este problema agrava-se nos centros urbanos onde não existem urgências básicas e a população não tem outra alternativa que não seja dirigir-se à urgência hospitalar (polivalente ou médico-cirúrgica): se os centros de saúde não garantem atender os utentes no dia em que eles adoecem e precisam de consulta, se não há uma urgência básica onde possam dirigir-se, então, aos doentes não resta outra solução que não seja a urgência do hospital mais próximo. A ausência de resposta ao nível dos centros de saúde gera um fluxo intenso de doentes para as urgências hospitalares, um fluxo muito superior à capacidade de resposta das desfalcadas equipas dessas urgências. A escassez de profissionais impede que as urgências hospitalares satisfaçam essa procura intensa num tempo aceitável e o resultado é a sistemática acumulação de doentes, longas horas de espera e défices na qualidade da assistência prestada.
Às urgências hospitalares chegam dois tipos de doentes que, apesar de necessitarem de cuidados muito distintos, se juntam e acumulam no mesmo serviço e no mesmo espaço: os que precisam de uma resposta mais diferenciada e muito urgente ou mesmo emergente e muitos outros que requerem apenas cuidados básicos, uma assistência mais simples mas pronta. Situações clínicas diferentes requerem respostas, serviços, espaços e equipas diferentes. A mistura que hoje se verifica nas urgências hospitalares - sobretudo em momentos de grande sobrecarga - é um factor de perturbação do seu funcionamento, desorganiza e atrasa a prestação de cuidados.
Apoio
a Idosos
Preocupa-nos que uma das partes da população mais
frágil, os idosos, sejam os que mais estão a sofrer com todos os cortes a que
estão sujeitos.
O Complemento Solidário para Idosos, uma ajuda aos
idosos que têm pensões mais baixas, levou um corte brutal de 26 milhões de
euros.
Atribuído a idosos acima dos 66 anos e com
rendimento inferior a 409 euros mês, estes cortes são um duro golpe para quem
trabalhando toda uma vida pensando numa velhice mais cómoda, se vê a braços com
aumento de despesas e maiores dificuldades no acesso aos mais variados serviços
a que têm direito.
Sendo que os beneficiários na sua maioria têm os 75
a 79 anos, alguns deles acima dos 95 (3mil), ficam sem um complemento que ronda
os 91 euros.
A nossa solidariedade a todos os idosos que
trabalharam para engrandecer este país, o nosso concelho, e agora se defrontam
com mais dificuldades e incompreensões.
Endereçamos os nossos parabéns ao Rancho Folclórico da Casa do Povo de Glória
do Ribatejo, pois a 1 de Março de 2011 viu o estado atribuir-lhe o Estatuto
de Instituição de Utilidade Pública.
Distinção mais que merecida pelo facto
das danças e cantares que apresentam, pelo rigor dos trajes usados, pelas
exposições organizadas que são uma mostra da vida quotidiana do passado e do
presente.
Votos de continuidade no trabalho
meritório que têm desenvolvido.
Está também de parabéns o LAPI, Lar Adventista para Pessoas Idosas,
que iniciou actividade a 28 Fevereiro de 1982, e depois do arranque da 2ª fase
de funcionamento em Março de 1991, permitiu-lhe mais tarde vir a alcançar o
estatuto de 1ª Estrutura Residencial para Idosos a certificar-se através do
Modelo de Gestão da Qualidade.
Ainda à Associação Cicloturismo do Granho, Ciclopampas, pela passagem de
mais um aniversário a 2 de Março. (2 Março 2006)
Também à Sociedade
Columbófila de Muge que na próxima 2ªfeira fará mais um aniversário. O 61º
(desde 9-3-1954)
Comissão
de Festas de Marinhais
Está de parabéns pela realização do Festival das
Sopas, Enchidos e Pão Caseiro.
O evento permitiu mostrar o que de bom se faz em
gastronomia na vila de Marinhais, reuniu associações e particulares que
trabalharam para uma nobre causa, a realização das festas de Marinhais em
Agosto.
Águas
do Ribatejo
O sr.presidente informou na última reunião de câmara
que iria ter a 26 de Fevereiro uma reunião com as Águas do Ribatejo, (qual o
resultado da mesma?).
Tendo a empresa investido no nosso concelho em
várias áreas tais como, obras de remodelação e ampliação das redes de
abastecimento em várias freguesias, reservatórios, estação tratamento de águas,
novas captações e outros trabalhos complementares.
Investimentos na ordem dos 2,5 milhões de euros.
O concelho de Salvaterra está dotado de cobertura de
abastecimento de 95% da população com água de qualidade.
A questão é esta: Não será tempo de haver um maior
investimento também no saneamento/rede de esgotos, de modo a minimizar os
brutais aumentos a que mais tarde ou mais cedo os nossos munícipes irão estar
sujeitos?
BTL
– Bolsa de Turismo de Lisboa
Embora seja cedo para avaliarmos os efeitos
positivos da presença do município de Salvaterra de Magos na BTL, certamente o
sr presidente terá um parecer sobre a nossa participação no certame.
Chamada
de atenção
Depois da intervenção das Águas do Ribatejo em
algumas ruas de Marinhais, e das repavimentações que se seguiram, algumas estão
com enormes abatimentos, nomeadamente a rua da Lagoa em que à passagem de
veículos estes já batem por baixo.
Vereador Manuel Neves
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