sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Declaração

Assistimos nas duas últimas reuniões de câmara a intervenções que apresentaram balanços do primeiro ano de mandato exercido pelo actual executivo.

Não tive oportunidade de me manifestar acerca dos balanços apresentados pelos vereadores, devido à falta de tempo, pois já iam avançadas as reuniões, no entanto gostaria de deixar algumas notas breves acerca das respectivas intervenções.

Primeiramente, gostaria de afirmar que considero legítimo e saudável para a democracia representativa as respectivas nutações feitas pelos vereadores, pois denota saúde democrática, exigência e rigor, que são fundamentais para um bom desempenho do mandato que nos foi confiado.

No entanto os contributos e opiniões manifestadas nas reuniões de câmara têm que, no meu entender, representar uma política coerente e sustentada quanto à actual situação que o município atravessa, reflexo da conjuntura económica e social que vivemos.

Nesse sentido fazer propostas sem a responsabilidade de as concretizar pode tornar-se simples, nomeadamente quando não consideramos os cortes que o município foi vítima, cortes esses muito significativos à luz dos diversos PEC`s, reflexo da política do PS com apoio do PSD.

Será o comportamento dos partidos da oposição apenas determinado por razões eleitoralistas? Creio que existe uma razão bem mais profunda para este comportamento da oposição, mas apelo contudo a propostas assentes na realidade financeira e social do concelho, propostas realistas, assumindo politicamente os projectos e respectivo financiamento, onde se propõe cortar e quais os projectos que não concretizariam.

Acrescento, particularmente em período de crise, que infelizmente vai agravar-se, este colectivo devia ir mais longe e partilhar com a população as decisões sobre as grandes opções do plano para 2011 e utilizar o orçamento participativo como forma de aprofundamento da democracia.

Este desafio permite termos um debate assente em projectos alternativos e exequíveis, dando a cara pelas opções evocadas.

Luís Gomes

Salvaterra de Magos, 02 de Dezembro de 2010

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