Almada foi a cidade vencedora do prémio da 9.ª edição da Semana Europeia da Mobilidade Sustentável. Esta é a primeira vez que uma cidade portuguesa vence este prémio, naquele que foi também o ano recorde em termos de participações: das 2.221 cidades que participaram nesta iniciativa de promoção da mobilidade sustentável e de cidades mais limpas, registaram-se 66 participações portuguesas. Dia 30 de Junho apresenta as suas conclusões.
Importa registar que sem mobilidade não há progresso, não há evolução. Mas, enquanto nos movemos atropelamos muita coisa pelo caminho, os combustíveis fósseis estão em vias de extinção, o preço do petróleo é instável e é urgente reduzir o seu consumo e a dependência energética do exterior.
O conceito de mobilidade sustentável, cada vez mais presente nas políticas e estratégias territoriais da União Europeia, pressupõe que os cidadãos, vivendo em cidades, vilas ou aldeias, disponham de condições e escolhas de acessibilidade e mobilidade que lhes proporcionem deslocações seguras, confortáveis, com tempos aceitáveis e custos acessíveis. Implica, ainda, que a sua mobilidade se exerça com eficiência energética e reduzidos impactos ambientais.
A implementação de políticas que visem estes objectivos pressupõe a aplicação quer de novos e harmonizados conceitos, instrumentos e técnicas, quer, também, a passagem do discurso à acção no terreno.
Mas acima de tudo, o que é imperativo é conquistar a sociedade civil para uma nova cultura de mobilidade. Este desafio pressupõe uma profunda alteração comportamental a nível do cidadão individual, de grupos de cidadãos, de empresas, instituições e a adesão colectiva a propostas e políticas em favor de uma mobilidade sustentável.
Nos últimos anos, Portugal aprovou Planos, Estratégias e Directrizes Nacionais, nos sectores do ordenamento do território, ambiente, energia, transportes e segurança rodoviária, elaborou Planos Regionais de Ordenamento do Território, para todas as regiões do país; e iniciou um processo alargado de revisão de Planos Directores Municipais em muitos territórios concelhios. Muitos desses instrumentos contêm orientações relevantes para o planeamento e operação dos transportes ao nível local e regional, tanto para municípios, como para operadores de transportes e outras entidades.
O Governo, através das Secretarias de Estado dos Transportes e do Ambiente, apoiou a elaboração de numerosos “Estudos de Mobilidade e Transportes” e “Estudos de Reestruturação de Redes e Serviços de transportes públicos” e um Programa em quarenta municípios designado “Projectos de Mobilidade Sustentável”. Entretanto, o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), 2007-2013 tem vindo a co-financiar acções nestas áreas, tais como “Planos de Mobilidade Urbana Sustentável de âmbito supramunicipal” e “Planos Intermunicipais de Mobilidade”.
A crise actual deve servir para reflectirmos sobre as bases e o modelo de desenvolvimento em que sustentamos as nossas sociedades. As escolhas irracionais de uma economia deixada aos critérios do mercado conduziram à sobre-exploração dos recursos e poluição generalizada que chocam hoje com os limites do Planeta.
As políticas energéticas devem visar responder e estabelecer um equilíbrio entre as necessidades de consumo e a aplicação de critérios económicos, sociais e ambientais. A uma política coerente de oferta de energia, que deve privilegiar as fontes renováveis, tem de corresponder uma política responsável de gestão da procura, reduzindo os consumos desnecessários e combatendo as perdas.
Exemplos de boas práticas devem-nos inspirar na aplicação de políticas que pensem sustentávelmente o futuro do nosso concelho e das novas gerações, esse contributo depende de todos nós.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 15 de Junho de 2011
Importa registar que sem mobilidade não há progresso, não há evolução. Mas, enquanto nos movemos atropelamos muita coisa pelo caminho, os combustíveis fósseis estão em vias de extinção, o preço do petróleo é instável e é urgente reduzir o seu consumo e a dependência energética do exterior.
O conceito de mobilidade sustentável, cada vez mais presente nas políticas e estratégias territoriais da União Europeia, pressupõe que os cidadãos, vivendo em cidades, vilas ou aldeias, disponham de condições e escolhas de acessibilidade e mobilidade que lhes proporcionem deslocações seguras, confortáveis, com tempos aceitáveis e custos acessíveis. Implica, ainda, que a sua mobilidade se exerça com eficiência energética e reduzidos impactos ambientais.
A implementação de políticas que visem estes objectivos pressupõe a aplicação quer de novos e harmonizados conceitos, instrumentos e técnicas, quer, também, a passagem do discurso à acção no terreno.
Mas acima de tudo, o que é imperativo é conquistar a sociedade civil para uma nova cultura de mobilidade. Este desafio pressupõe uma profunda alteração comportamental a nível do cidadão individual, de grupos de cidadãos, de empresas, instituições e a adesão colectiva a propostas e políticas em favor de uma mobilidade sustentável.
Nos últimos anos, Portugal aprovou Planos, Estratégias e Directrizes Nacionais, nos sectores do ordenamento do território, ambiente, energia, transportes e segurança rodoviária, elaborou Planos Regionais de Ordenamento do Território, para todas as regiões do país; e iniciou um processo alargado de revisão de Planos Directores Municipais em muitos territórios concelhios. Muitos desses instrumentos contêm orientações relevantes para o planeamento e operação dos transportes ao nível local e regional, tanto para municípios, como para operadores de transportes e outras entidades.
O Governo, através das Secretarias de Estado dos Transportes e do Ambiente, apoiou a elaboração de numerosos “Estudos de Mobilidade e Transportes” e “Estudos de Reestruturação de Redes e Serviços de transportes públicos” e um Programa em quarenta municípios designado “Projectos de Mobilidade Sustentável”. Entretanto, o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), 2007-2013 tem vindo a co-financiar acções nestas áreas, tais como “Planos de Mobilidade Urbana Sustentável de âmbito supramunicipal” e “Planos Intermunicipais de Mobilidade”.
A crise actual deve servir para reflectirmos sobre as bases e o modelo de desenvolvimento em que sustentamos as nossas sociedades. As escolhas irracionais de uma economia deixada aos critérios do mercado conduziram à sobre-exploração dos recursos e poluição generalizada que chocam hoje com os limites do Planeta.
As políticas energéticas devem visar responder e estabelecer um equilíbrio entre as necessidades de consumo e a aplicação de critérios económicos, sociais e ambientais. A uma política coerente de oferta de energia, que deve privilegiar as fontes renováveis, tem de corresponder uma política responsável de gestão da procura, reduzindo os consumos desnecessários e combatendo as perdas.
Exemplos de boas práticas devem-nos inspirar na aplicação de políticas que pensem sustentávelmente o futuro do nosso concelho e das novas gerações, esse contributo depende de todos nós.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 15 de Junho de 2011
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