“Vive-se hoje numa dupla cultura socio-económica: a cultura da conquista e do domínio, pela qual o mundo tem sido reduzido a uma série de mercados a conquistar, e a cultura do instrumento, para a qual o que conta não é a pessoa humana, mas sim a eficácia e o rendimento do objecto-mercadoria e do sistema. Por isso, “a economia actual é a negação do viver juntos. É um abuso de sentido utilizar o conceito de ‘economia’ para falar do sistema predatório actual” Riccardo Petrella
O tarifário para 2012 proposto pela “Águas do Ribatejo”, leva-nos à reflexão necessária e já colocada aqui varias vezes, sobre a coisa pública, a água.
Neste sentido é importante centrar a discussão, está em curso a privatização em várias frentes e em simultâneo, a água da natureza, as margens e os leitos, os rios e os recursos pesqueiros marinhos, as infra-estruturas públicas como portos e barragens e os serviços públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais.
A coisa pública e bem essencial, a água, é um debate crucial e de extrema importância para o futuro próximo, já que estamos a tratar de um bem fundamental que deve continuar público, preservando-o a todo o custo dos interesses privados que apenas visam o lucro. É necessário alargar este debate, pois estamos a falar de uma região naturalmente rica em água, mal era, que deixássemos este bem precioso ser privatizado.
O Bloco de Esquerda considera o acesso universal aos serviços da água, um direito inalienável de todos os cidadãos e cidadãs, e defende que a administração e a gestão dos serviços de abastecimento de água e de saneamento devem ser realizadas exclusivamente por entidades públicas, visto que a água não deve ser tratada como uma mercadoria ou um negócio.
No entanto este recurso limitado deve-se pautar pela reclamação dos seus reais custos, privilegiando uma revisão e actualização das abrangências do tarifário social, em concordância com a realidade social e económica que o país atravessa. A exigência de rigor, competência, transparência e gestão criteriosa devem guiar a administração do bem público, a água.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 29 de Dezembro de 2011
O tarifário para 2012 proposto pela “Águas do Ribatejo”, leva-nos à reflexão necessária e já colocada aqui varias vezes, sobre a coisa pública, a água.
Neste sentido é importante centrar a discussão, está em curso a privatização em várias frentes e em simultâneo, a água da natureza, as margens e os leitos, os rios e os recursos pesqueiros marinhos, as infra-estruturas públicas como portos e barragens e os serviços públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais.
A coisa pública e bem essencial, a água, é um debate crucial e de extrema importância para o futuro próximo, já que estamos a tratar de um bem fundamental que deve continuar público, preservando-o a todo o custo dos interesses privados que apenas visam o lucro. É necessário alargar este debate, pois estamos a falar de uma região naturalmente rica em água, mal era, que deixássemos este bem precioso ser privatizado.
O Bloco de Esquerda considera o acesso universal aos serviços da água, um direito inalienável de todos os cidadãos e cidadãs, e defende que a administração e a gestão dos serviços de abastecimento de água e de saneamento devem ser realizadas exclusivamente por entidades públicas, visto que a água não deve ser tratada como uma mercadoria ou um negócio.
No entanto este recurso limitado deve-se pautar pela reclamação dos seus reais custos, privilegiando uma revisão e actualização das abrangências do tarifário social, em concordância com a realidade social e económica que o país atravessa. A exigência de rigor, competência, transparência e gestão criteriosa devem guiar a administração do bem público, a água.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 29 de Dezembro de 2011
Sem comentários:
Enviar um comentário