Mais de 300 mil pessoas encheram o Terreiro do Paço e os seus responsáveis chamaram-lhe a "maior manifestação jamais vista em Lisboa nos últimos 30 anos". "O FMI não manda aqui" foi a palavra de ordem ouvida durante o discurso do líder da CGTP, que defendeu a renegociação da dívida porque o país precisa "que lhe tirem a corda da garganta".
No seu primeiro discurso após tomar posse como secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos apontou baterias ao governo da troika. "De austeridade em austeridade, os sacrifícios sucedem-se sem fim à vista, o país definha economicamente e a pobreza alastra", acrescentando que "os pacotes sucessivos de austeridade e sacrifícios não criam riqueza”.
Para que isso aconteça, Arménio Carlos defendeu a "renegociação da dívida em prazos, montantes e juros mas também a alteração de políticas que tenham como prioridade o crescimento económico, o emprego e a salvaguarda do interesse nacional".
Esta manifestação foi "um sinal de dignidade, porque o país já percebeu uma coisa: é que o governo sussurra aos ministros alemães que ditam a sorte de Portugal, mas não ouve as razões da maioria do povo português". "O governo e a troika dizem-nos o seguinte: mais facilidade de despedimento, dias de trabalho gratuito, perdem o subsídio de natal e de férias e no fim há mais dívida e talvez um novo empréstimo para mais dívida ainda.
Os Portugueses exigem dignidade e merecem todo o respeito.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 15 de Fevereiro de 2012
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