Comemorar o Dia Internacional da Mulher nestes tempos, de sucessivas e intensivas políticas de austeridade sobre os trabalhadores e o povo em geral, é indiscutivelmente realçar em pleno século XXI o papel que as mulheres continuam a desempenhar na luta por melhores condições de vida, tal como o fizeram as operárias têxteis numa fábrica de Nova Iorque em 1857 e ao longo de dois séculos no Mundo inteiro.
Neste 8 de Março, viva, a todas as mulheres e homens que lutam lado a lado pela justiça na economia. Às que mulheres que lutam por melhores condições sociais e laborais, mesmo quando essa luta se trava no seio familiar, e passa por partilhar à mesa o mínimo de dignidade a que deveriam ter direito, negando mesmo de forma mal nutrida, a lógica assistencialista que o atual governo PSD/CDS vai fazendo caminho.
Assiná-lo o dia internacional da mulher com a leitura dos lemas do Manifesto da Marcha pelo Fim da Violência contra as Mulheres:
A violência contra as mulheres não faz o nosso género!
É tão antiga como a Humanidade.
Envergonha e diminui.
É uma violação dos direitos humanos e liberdades fundamentais.
É um crime público.
É uma barreira à igualdade de género.
Uma em cada quatro mulheres é alvo de violência.
O espaço doméstico tem sido o maior palco de violência contra as mulheres.
Quem bate nas mulheres fere toda a família.
É preciso combater a violência sexista.
É urgente mudar as mentalidades e eliminar a violência contra as mulheres.
Somos contra a impunidade da violência contra as mulheres.
Não toleramos mais a violência contra as mulheres.
Exigimos justiça.
Não somos cúmplices nem indiferentes! Nem mais uma. Estamos vigilantes!”
Celebrar o Dia Internacional da Mulher, celebrar os dias ou anos internacionais não são, em geral, celebrações, são modos de assinalar que há pouco para celebrar e muito para denunciar e transformar.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 14 de Março de 2012
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