Comemora-se
este ano o 50º aniversário da conquista da jornada de trabalho de 8 horas,
pelos trabalhadores agrícolas.
Foi
no mês de Maio de 1962 que mais de cem mil trabalhadores rurais do Alentejo e
do Ribatejo, depois de terem recorrido à greve, puseram fim ao horário de
trabalho medieval de “sol a sol” que vigorava nos campos.
Enquanto
os trabalhadores da indústria e do comércio tinham conquistado o horário de
trabalho de 8 horas em Maio de 1919, na I República, os trabalhadores do campo
só em 1962, durante o regime fascista, alcançaram esse objetivo.
Essa
vitória histórica do proletariado alentejano e ribatejano está estritamente ligada
às jornadas comemorativas do 1º Maio, Dia Mundial do Trabalhador, que no ano de
1962 atingiram um dos pontos mais altos na luta contra o fascismo.
A
limitação legal da jornada de trabalho foi considerada, desde 1886, como a
condição preliminar para o êxito de todos os outros esforços visando a
emancipação dos trabalhadores. E essa luta foi, juntamente com a luta pelo
salário, o objetivo principal das lutas operárias dos últimos 120 anos. Aliás,
a luta pelo salário e pelo horário acompanham os sindicatos desde o seu
nascimento. Esse objetivo mantém ainda hoje toda a sua atualidade, assim dita a
politica deste governo e da troika.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 13 de Junho de
2012
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