Na conferência de imprensa durante a qual foi
anunciada a manifestação internacional de dia 1 de junho estiveram presentes,
entre outros, o ativista escocês Jonathon Shafi, o grego Zois Pepes, o francês
Miguel Segui e a espanhola Yolanda Picazo.
Comunicado divulgado de anúncio da iniciativa:
"A Europa está sob um violento ataque do capital
financeiro que se faz representar pela troika (FMI, BCE, CE) e pelos sucessivos
governos que aplicam as políticas concertadas com estas entidades desprezando
as pessoas. Sabemos que esta ofensiva aposta em vergar os povos, tornando-os escravos
da dívida e da austeridade. Atravessa a Europa e também deve ser derrotada pela
luta internacional.
Cada um de nós, em cada país, em cada cidade, em cada
casa, com as suas especificidades, sente na pele as medidas que aniquilam
direitos conquistados ao longo de décadas, medidas que agravam o desemprego,
que privatizam tudo o que possa ser rentável e condicionam a soberania dos
países sob a propaganda da “ajuda externa”. É urgente que unamos as nossas
forças para melhor combatermos este ataque.
O apelo que lançámos para uma manifestação
internacional descentralizada circulou entre dezenas de movimentos em Espanha,
França, Itália, Grécia, Chipre, Irlanda, Inglaterra, Escócia, Alemanha,
Eslovénia… Na reunião de ontem, 26 de Abril, em Lisboa, estiveram presentes
companheiros e companheiras de vários países da Europa, que discutiram em
conjunto esta proposta.
Assim, hoje sai consensualizado a nível internacional
que sairemos à rua no próximo dia 1 de Junho: Povos unidos contra a troika!
Este é o início de um processo que se quer
descentralizado, inclusivo e participado. Queremos construi-lo coletivamente e
juntando as nossas forças. A partir de hoje a data de 1 de Junho será divulgada
à escala europeia e todos e todas estão convidados a juntarem-se num protesto
internacional contra a troika e contra a austeridade… a favor que sejam os
povos a decidirem as suas vidas.
Apelamos a todos os cidadãos e cidadãs, com e sem
partido, com e sem emprego, com e sem esperança, apelamos a que se juntem a
nós. A todas as organizações políticas, movimentos cívicos, sindicatos,
partidos, coletividades, grupos informais, apelamos a que se juntem a nós.
Queremos continuar a alargar os nossos contactos tanto
nacionais como internacionais, porque estamos conscientes que será o somatório
das nossas vozes que poderá travar a nova vaga de austeridade que está a ser
preparada. Os povos da Europa têm vindo a demonstrar em vários momentos que não
estão disponíveis para mais sacrifícios em nome de um futuro que nunca chegará.
Por isso pensamos que é chegada a hora de uma grande demonstração da capacidade
destes povos de se coordenarem na luta e na recusa destas políticas.
De Norte a Sul da Europa, tomemos as ruas contra a
austeridade!"
Luís Gomes
Salvaterra
de Magos, 22 de Maio de 2013
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