quinta-feira, 23 de maio de 2013

Unir Forças pela Educação!


O governo anunciou novos cortes na Educação, através do despedimento de assistentes operacionais, técnicos administrativos e de milhares de docentes atirados para a mobilidade especial. Trata-se de um violento ataque aos direitos dos trabalhadores e à Escola Pública.
O objetivo é cada vez mais óbvio: proceder a cortes nos recursos humanos e empobrecer a Escola Pública para promover um ensino dual, onde a maioria das crianças e jovens se veem arredados de uma oferta educativa de qualidade. A introdução de exames no final do primeiro ciclo, a canalização precoce de alunos para a via profissionalizante e a criação do ensino superior curto, destinado aos alunos que vêm do ensino profissional são parte integrante desta estratégia.
Já o país reclama outro rumo. Multiplicam-se as iniciativas em defesa de uma Educação de Qualidade e da Escola Pública. Apesar dos sucessivos atropelos aos seus direitos, os atores educativos não desistem de contribuir para a construção de um futuro melhor para as novas gerações!
Professores e técnicos de educação denunciam o desinvestimento na educação, a degradação das suas condições de trabalho, e partilharam projetos para a promoção do sucesso educativo dos alunos. Estudantes e encarregados de educação tornaram claro que, apesar do agravamento das condições de vida, e do cerceamento à participação nos Órgãos Pedagógicos não desistem de marcar presença na vida das escolas.
A alarmante situação no ensino superior é, também, objeto de debate. O processo de Bolonha tem-se traduzido na diminuição da qualidade do ensino. O aumento das propinas e a diminuição das bolsas, que conheceu uma redução de 33,3% - sendo, em muitos casos, invocadas dívidas ao Estado - tem originado elevadas taxas de abandono e levado muitos estudantes a viverem numa situação de pobreza extrema: há alunos a passar fome para poderem estudar.
Todos sabemos que os munícipes do nosso concelho podem contar com o município de Salvaterra de Magos, é assim nas bolsas de ensino, transportes escolares, refeições, atividades extracurriculares, prolongamento escolar, manuais escolares, estágios escolares, etc.
Porque o que está em causa não são interesses setoriais ou corporativos, é a Educação, um dos pilares da democracia! É por isso que se torna imperioso fazer confluir as lutas setoriais em grandes jornadas em defesa da Escola Pública que congreguem todos os atores educativos. É assim no País, no distrito de Santarém e no concelho de Salvaterra de Magos, neste contexto, a constituição de Plataformas de Luta que integrem professores, estudantes, assistentes operacionais, técnicos e famílias, poderão, a nosso ver, contribuir para Unir Forças pela Educação!

Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 22 de Maio de 2013

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