O governo anunciou novos cortes na Educação, através
do despedimento de assistentes operacionais, técnicos administrativos e de
milhares de docentes atirados para a mobilidade especial. Trata-se de um
violento ataque aos direitos dos trabalhadores e à Escola Pública.
O objetivo é cada vez mais óbvio: proceder a cortes
nos recursos humanos e empobrecer a Escola Pública para promover um ensino
dual, onde a maioria das crianças e jovens se veem arredados de uma oferta
educativa de qualidade. A introdução de exames no final do primeiro ciclo, a
canalização precoce de alunos para a via profissionalizante e a criação do
ensino superior curto, destinado aos alunos que vêm do ensino profissional são
parte integrante desta estratégia.
Já o país reclama outro rumo. Multiplicam-se as
iniciativas em defesa de uma Educação de Qualidade e da Escola Pública. Apesar
dos sucessivos atropelos aos seus direitos, os atores educativos não desistem
de contribuir para a construção de um futuro melhor para as novas gerações!
Professores e técnicos de educação denunciam o
desinvestimento na educação, a degradação das suas condições de trabalho, e
partilharam projetos para a promoção do sucesso educativo dos alunos.
Estudantes e encarregados de educação tornaram claro que, apesar do agravamento
das condições de vida, e do cerceamento à participação nos Órgãos Pedagógicos
não desistem de marcar presença na vida das escolas.
A alarmante situação no ensino superior é, também,
objeto de debate. O processo de Bolonha tem-se traduzido na diminuição da
qualidade do ensino. O aumento das propinas e a diminuição das bolsas, que
conheceu uma redução de 33,3% - sendo, em muitos casos, invocadas dívidas ao
Estado - tem originado elevadas taxas de abandono e levado muitos estudantes a
viverem numa situação de pobreza extrema: há alunos a passar fome para poderem
estudar.
Todos sabemos que os munícipes do nosso concelho podem
contar com o município de Salvaterra de Magos, é assim nas bolsas de ensino,
transportes escolares, refeições, atividades extracurriculares, prolongamento
escolar, manuais escolares, estágios escolares, etc.
Porque o que está em causa não são interesses
setoriais ou corporativos, é a Educação, um dos pilares da democracia! É por
isso que se torna imperioso fazer confluir as lutas setoriais em grandes
jornadas em defesa da Escola Pública que congreguem todos os atores educativos.
É assim no País, no distrito de Santarém e no concelho de Salvaterra de Magos,
neste contexto, a constituição de Plataformas de Luta que integrem professores,
estudantes, assistentes operacionais, técnicos e famílias, poderão, a nosso
ver, contribuir para Unir Forças pela Educação!
Luís Gomes
Salvaterra
de Magos, 22 de Maio de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário