Ministro da
Educação tinha uma estratégia definida. Anunciar as medidas mais gravosas bem
perto do fim do ano letivo. Se os professores reagissem a sua única
oportunidade era a greve às avaliações e exames e aí a opção é atirá-los contra
pais e estudantes.
Anunciou as medidas mais gravosas, despedimentos e
aumento do horário, bem perto do fim do ano letivo. Se os professores se
calassem, era anunciado o triunfo da paz social. Se reagissem a sua única
oportunidade era a greve às avaliações e exames e aí a opção é atirá-los contra
pais e estudantes. Esse foi o filme que passou nos últimos dias…
A decisão do tribunal arbitral sobre os serviços
mínimos veio estragar-lhes a estratégia. A decisão não só dava razão aos
professores, como claramente mostrava que se o Governo tivesse alguma
preocupação com os alunos, tinha uma opção muito simples, o adiamento do exame
para dia 20. Ficou claro que quem pretende sacrificar os alunos para atingir os
seus objetivos políticos é o Governo.
Que aborrecimento para Crato. Ele já se julgava uma
Margaret Thatcher a quebrar a espinha, não aos mineiros, mas aos professores,
esses subversivos que têm de ser tratados a toque de requisição civil.
Crato é hoje o porta-voz de um violento ataque à
Escola Pública. A sua atuação concretiza uma agenda ideológica que defende que
os dinheiros do Estado devem servir para os grandes negócios privados e não
para desenvolver os serviços públicos.
Os cortes cegos, os mega agrupamentos, o aumento do
número de alunos por turma, a eliminação das Áreas de Projeto e Educação
Cívica, o abandono das Áreas de Enriquecimento Curricular, tem como único
objetivo eliminar milhares de postos de trabalho e reduzir o número de
professores em funções.
O objetivo do executivo PSD/CDS-PP é degradar a
qualidade que foi atingida nos últimos anos, na Escola Pública. Para isso
instala um claro clima de insegurança nas escolas que constitui um verdadeiro
atentado contra a qualidade do ensino.
Há uma opção ideológica do Governo que tem como
objetivo a destruição de serviços públicos e a Escola Pública é claramente um
alvo preferencial.
Há uma campanha clara para denegrir a escola pública e
os seus profissionais.
Os professores dizem basta, na defesa dos seus alunos
e da Escola Pública de qualidade.
Luís Gomes
Salvaterra de Magos, 19 de Junho de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário