Catarina
Martins visitou neste sábado a Feira Nacional da Agricultura (FNA), em
Santarém, acompanhada pela eurodeputada Marisa Matias e por vários dirigentes
nacionais e regionais do Bloco de Esquerda
Em
declarações à comunicação social, Catarina Martins afirmou que “a subsistência
da produção agrícola em Portugal” está em causa e defendeu que a pequena
agricultura “merece um apoio que seja consistente com a capacidade de
subsistência digna”.
Referindo
que o Bloco de Esquerda tem estado a reunir e a ouvir as organizações
representativas do setor agrícola, Catarina Martins afirmou que o partido está
preocupado “com as dificuldades que os pequenos agricultores estão a
enfrentar”, nomeadamente ao nível fiscal e ao nível burocrático.
Catarina
Martins referia-se, nomeadamente, à Mesa Redonda realizada na manhã
deste mesmo sábado, em Santarém, no âmbito da iniciativa do Bloco de
Esquerda “Agricultura mais forte – Portugal menos dependente”.
Tratou-se
de uma organização do Bloco de Esquerda em que participaram Eduardo Figueira da
ANIMAR, Firmino Cordeiro, da AJAP; Joaquim Caçolete, da CNA, Domingos Godinho
da CONFAGRI e Ricardo Vicente, do Grupo de Trabalho para a Agricultura e
Desenvolvimento Rural. Ao longo da manhã, vários especialistas e dirigentes
regionais do partido acompanharam um debate vivo e muito rico.
À
tarde, na Feira, a coordenadora do Bloco acusou o Governo de fazer “sempre
declarações com muita pompa e circunstância sobre a importância da agricultura”,
mas de na ação não ter facilitado e ter agravado a vida dos agricultores em
Portugal.
Recordando
que Paulo Portas, fala agora do Alqueva como “a Autoeuropa da agricultura”,
Catarina Martins lembrou que o CDS-PP “chamava ao Alqueva ‘elefante branco’” e
considera que “o investimento público nunca pode ser solução para nada”.
A
coordenadora do Bloco salientou que “a agricultura tem estado sujeita a uma tal
pressão sobre os seus preços, em nome de intermediários que ganham cada vez
mais, que está em causa a própria subsistência da produção agrícola em
Portugal”.
Catarina
Martins defendeu que a pequena produção “merece um outro olhar por parte do
governo e merece um apoio que seja consistente com a capacidade de subsistência
digna” e apontou que “é preciso que a agricultura tenha nos seus produtos um
preço justo, que só o preço justo pode dar aos consumidores a possibilidade de
consumir o que é produzido em Portugal, mas também aos agricultores a
possibilidade de viverem da agricultura e poderem desenvolver o seu trabalho”.
Questionada
se achava que os pequenos produtores estão a ser esquecidos pelo governo,
Catarina Martins afirmou que “os pequenos produtores não estão esquecidos, têm
estado sob ataque do governo”, referiu que as alterações que têm sido introduzidas
pelo executivo “são alterações que põem em causa a pequena agricultura”, que
“os pequenos agricultores até gostariam de ser esquecidos por este governo”,
mas que “estão a ser mesmo um alvo de políticas muito agressivas e que põe em
causa a subsistência de muitas produções que são essenciais ao nosso país e às
famílias que vivem da agricultura”.
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Notícia viaesquerda, com esquerda.net
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Foto Mário Cruz/Lusa, reproduzida por esquerda.net
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