domingo, 15 de junho de 2014



Catarina Martins visitou neste sábado a Feira Nacional da Agricultura (FNA), em Santarém, acompanhada pela eurodeputada Marisa Matias e por vários dirigentes nacionais e regionais do Bloco de Esquerda
Em declarações à comunicação social, Catarina Martins afirmou que “a subsistência da produção agrícola em Portugal” está em causa e defendeu que a pequena agricultura “merece um apoio que seja consistente com a capacidade de subsistência digna”.
Referindo que o Bloco de Esquerda tem estado a reunir e a ouvir as organizações representativas do setor agrícola, Catarina Martins afirmou que o partido está preocupado “com as dificuldades que os pequenos agricultores estão a enfrentar”, nomeadamente ao nível fiscal e ao nível burocrático.
Catarina Martins referia-se, nomeadamente, à Mesa Redonda realizada na manhã deste mesmo sábado, em Santarém, no âmbito da iniciativa do Bloco de Esquerda “Agricultura mais forte – Portugal menos dependente”.
Tratou-se de uma organização do Bloco de Esquerda em que participaram Eduardo Figueira da ANIMAR, Firmino Cordeiro, da AJAP; Joaquim Caçolete, da CNA, Domingos Godinho da CONFAGRI e Ricardo Vicente, do Grupo de Trabalho para a Agricultura e Desenvolvimento Rural. Ao longo da manhã, vários especialistas e dirigentes regionais do partido acompanharam um debate vivo e muito rico.
À tarde, na Feira, a coordenadora do Bloco acusou o Governo de fazer “sempre declarações com muita pompa e circunstância sobre a importância da agricultura”, mas de na ação não ter facilitado e ter agravado a vida dos agricultores em Portugal.
Recordando que Paulo Portas, fala agora do Alqueva como “a Autoeuropa da agricultura”, Catarina Martins lembrou que o CDS-PP “chamava ao Alqueva ‘elefante branco’” e considera que “o investimento público nunca pode ser solução para nada”.
A coordenadora do Bloco salientou que “a agricultura tem estado sujeita a uma tal pressão sobre os seus preços, em nome de intermediários que ganham cada vez mais, que está em causa a própria subsistência da produção agrícola em Portugal”.
Catarina Martins defendeu que a pequena produção “merece um outro olhar por parte do governo e merece um apoio que seja consistente com a capacidade de subsistência digna” e apontou que “é preciso que a agricultura tenha nos seus produtos um preço justo, que só o preço justo pode dar aos consumidores a possibilidade de consumir o que é produzido em Portugal, mas também aos agricultores a possibilidade de viverem da agricultura e poderem desenvolver o seu trabalho”.
Questionada se achava que os pequenos produtores estão a ser esquecidos pelo governo, Catarina Martins afirmou que “os pequenos produtores não estão esquecidos, têm estado sob ataque do governo”, referiu que as alterações que têm sido introduzidas pelo executivo “são alterações que põem em causa a pequena agricultura”, que “os pequenos agricultores até gostariam de ser esquecidos por este governo”, mas que “estão a ser mesmo um alvo de políticas muito agressivas e que põe em causa a subsistência de muitas produções que são essenciais ao nosso país e às famílias que vivem da agricultura”.
* Notícia viaesquerda, com esquerda.net
** Foto Mário Cruz/Lusa, reproduzida por esquerda.net

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