Comunicado de Imprensa
Recentemente, a Resitejo
fez chegar às câmaras municipais associadas um projecto de alteração dos seus
estatutos. Esse projecto abre aos privados o domínio desta associação,
responsável pela recolha e tratamento dos resíduos sólidos de concelhos do
distrito de Santarém.
A Resitejo é uma associação
de direito privado, com sede na Chamusca, estatutariamente controlada pelas
nove câmaras municipais associadas: pelos actuais estatutos, a maioria da
administração será sempre de câmaras municipais.
Já segundo os estatutos
agora propostos, novos associados --- públicos ou privados ---- poderão passar
a ter maioria na administração, desse modo controlando toda a actividade da
associação.
No momento em que grandes
grupos privados procuram novas áreas de “negócio”, o sector da recolha e
tratamento de resíduos aparece como muito apetecível. A actual administração da
Resitejo, como um cavalo-de-Tróia, tenta abrir-lhes a porta.
O Bloco de Esquerda defende
a manutenção do controlo público da Resitejo, através das câmaras municipais
associadas. É, portanto, contra a nova proposta de estatutos e,
consequentemente, contra a uma privatização encapotada.
Obviamente, os autarcas do
Bloco de Esquerda opor-se-ão a qualquer alteração estatutária da Resitejo que
não garanta a sua permanência sob controlo público.
O Bloco de Esquerda apela a
todas as autarquias dos municípios associados a que se pronunciem clara e
frontalmente contra esta tentativa de tomada da associação por privados, por
ora ainda na sombra.
Santarém,
6 de Junho de 2014
A
Coordenadora Distrital de Santarém
do Bloco
de Esquerda
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