quinta-feira, 3 de março de 2016











Reunião de Câmara de 02 de Março de 2016

Moção
Apresento moção Pela justiça na tributação do IMI.
Informação
Informação sobre nova Pergunta dos deputados do Bloco de Esquerda sobre a
Poluição no rio Tejo.

Nova avaria na central nuclear de Almaraz

Através de uma nota de imprensa divulgada 22 de Fevereiro a administração da central nuclear de Almaraz, localizada no rio Tejo e em território espanhol, anunciou que um dos equipamentos “sofreu uma paragem às 5h35”. Este incidente ocorreu “durante a operação de aumento de carga depois de ter sido efectuada a ligação (da unidade) à rede”, refere o comunicado.  
A empresa garante que os sistemas de segurança do equipamento em causa “actuaram correctamente” e que as causas que originaram o incidente estão a ser analisadas.
A nota de imprensa destaca ainda que “houve uma paragem automática da turbina seguida de paragem do reactor” em consequência de uma “anomalia” que se registou “num interruptor de uma das barras de alimentação eléctrica, provocando um aumento de nível no gerador de vapor número dois”.
No início de Fevereiro, inspectores do Conselho de Segurança Nuclear de Espanha tinham alertado para “falhas no sistema de arrefecimento de serviços essenciais da central nuclear” espanhola, referindo “não haver garantias suficientes de que as bombas de água do sistema de serviços essenciais da central operem com normalidade”.
Num esclarecimento divulgado pelo Governo português no dia 3 de Fevereiro, é referido que a Agência Portuguesa do Ambiente recebeu garantias que “a Central Nuclear de Almaraz se encontra em condições de segurança”. Também o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, assegurou na altura que os equipamentos que registaram falhas oferecem "absolutas condições de segurança". 
Recentemente teve lugar mais uma “anomalia”, desta vez “um aumento de nível de vapor” num dos geradores da central nuclear mais antiga de Espanha, a cerca de uma centena de quilómetros do território português.
Após novos incidentes manifestamos mais uma vez grandes preocupações sobre a situação da central nuclear espanhola de Almaraz”, situada a 100 quilómetros de Portugal e onde foram detectadas sucessivas falhas no sistema de arrefecimento de serviços essenciais.
O tempo de vida da central acabou em 2010, é inaceitável que o Governo espanhol tenha prolongado o seu funcionamento por mais 10 anos, com todos os problemas revelados, como as falhas nos sistemas de arrefecimento ou a ausência de revisões periódicas há 19 anos, o rio Tejo está em permanente perigo como se comprova.

Bloco de Esquerda ORGANIZA AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO PELO FIM DA POLUIÇÃO DO RIO TEJO

As distritais de Santarém, Portalegre e Castelo Branco do Bloco de Esquerda iniciaram no passado domingo acções de sensibilização em defesa do rio Tejo, com a colocação de faixas desde Vila Velha de Ródão até Benavente e a entrega de folhetos informativos.
O Bloco de Esquerda de Salvaterra de Magos também está durante a presente semana a levar a cabo um conjunto de iniciativas de sensibilização pelo fim da poluição do Tejo.
Utilização de glifosato pelo município de Salvaterra de Magos
Em reunião de câmara última informámos sobre o facto da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (AIIC) da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o glifosato como “carcinogéneo provável para o ser humano”. A investigação da AIIC identificou a relação entre a exposição ao herbicida e o Linfoma não-Hodgkin. Este tipo de cancro de sangue é dos mais cancros que mais se regista em Portugal, com cerca de 1.700 novos casos por ano.
O glifosato é o herbicida mais utilizado no país e também no planeta. Este composto tem uma utilização sistémica não seletiva e é de venda livre e de fácil acesso. Em Portugal, em 2012 foram aplicadas 1.400 toneladas deste tipo de pesticida.
No país, o seu uso é generalizado na agricultura e também nos serviços de autarquias. Muitos municípios utilizam glifosato nos espaços urbano. Nestes casos, o pesticida mais utlizado tem o nome comercial SPASOR, fabricado pela Monsanto.
Neste sentido os eleitos do Bloco de Esquerda dirigiram à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, as seguintes perguntas:
1.      Os serviços municipais utilizam glifosato? Os serviços contratados pela autarquia utilizam, nesse âmbito, glifosato? Qual a quantidade anual utilizada de pesticidas com glifosato?
2.      Caso se registe a utilização de glifosato, a autarquia tem algum plano para abandonar esse uso e implementar outros métodos?
Gostaríamos de saber se já existem respostas a estas perguntas.
Refugiados
Sra. Vereadora gostaríamos de saber qual o ponto de situação sobre o cumprimento da deliberação deste órgão executivo de solidarizar-se com os milhares de refugiados oriundos de países devastados pela guerra e opressão.

Assembleia Municipal
Realizou-se na passada sexta feira a assembleia municipal ordinária e conforme temos denunciando a degradação deste órgão continua a acentuar-se.

O Bloco de Esquerda tem manifestado ao longo do mandato grandes preocupações sobre a forma incompetente e parcial como o Partido Socialista dirige este órgão. Numa clara postura radicalizada ao qual se cozinha a disputa entre o líder da bancada, presidente da assembleia municipal e presidente de câmara, tornando vergonhosa a forma como se desenrola os trabalhos, tenta-se humilhar deputados municipais e respectivas bancadas, que foram eleitas democraticamente pelo povo do nosso concelho, demonstrando com isso uma falta de cultura democrática assinalável.

Sobre os acontecimentos concretos e graves desta ultima reunião deixo para os intervenientes a sua controvérsia, no entanto, não posso deixar de referir os ataques feitos à deputada municipal Ana Cristina Ribeiro.

Quero lamentar profundamente o nível a que chegou os ataques pessoais levados a cabo pelo Partido Socialista. Utilizar um atestado médico e a doença de uma deputada municipal para a tentar humilhar, denegrir uma classe médica neste caso de medicina tradicional, não respeitar a confidencialidade a que estão obrigados, demonstra um desespero politico colossal e uma falta de ética inimaginável.

Ana Cristina Ribeiro deixou história neste concelho, recuperou a dignidade das nossas gentes, introduziu democracia e igualdade no relacionamento institucional, pagou a divida colossal do município deixada pela gestão socialista e transformou por completo este concelho com a infra-estruturação e construção de equipamentos municipais estruturantes. A história e obra deixada pela gestão do Bloco de Esquerda liderada por Ana Cristina Ribeiro nunca vão conseguir apagar, contrariamente aqueles que a atacam, que só conhecemos a capacidade de denegrir o acto nobre que devia ser a politica e o serviço público que todos deviam defender.

Festa do foral dos toiros e do fandango e Foros de Salvaterra
Sr. Presidente na última reunião de câmara manifestámos aqui grandes preocupações sobre a possibilidade de este ano não se realizarem as Festas do Foral dos Toiros e do Fandango.

Afirmei aqui e passo a citar "Gostaria de manifestar em nome do Bloco de Esquerda muitas preocupações para a possibilidade de no presente ano as Festas do Foral dos Toiros e do Fandango poderem não se realizarem. Certamente que a esse facto não estará alheio o Presidente de Junta de Freguesia que não consegue medir o significado e importância que estas festas têm para a freguesia de Salvaterra de Magos e concelho, nem condições para mobilizar a população".

Estas palavras já fizeram correr muitas letras nas redes sociais. Gostaria de afirmar que tenho grande consideração pelo Presidente da União de Freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra, que conheci e com quem me relacionei muito antes do próprio candidatar-se a este órgão. Reconheço que foi alguém que esteve envolvido em comissões de festas nos Foros de Salvaterra, acrescento que só possível porque o Bloco de Esquerda nunca "impediu" outras sensibilidades politicas de realizarem festas, algum que actualmente é muito difícil. No entanto os factos são claros e sobre eles o resultado é objectivo, a possibilidade de não realizarem-se as Festas do Foral dos Toiros e do Fandango em 2016 e a isso este presidente de junta de freguesia e de câmara municipal não conseguiram superar.

 

No entanto só as más companhias do Presidente da União de Freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra justifica este comportamento e falta de honestidade intelectual, diga-se já assistida a cores e em directo numa reunião de câmara, protagonizada então pelo anterior juiz das festas dos Foros de Salvaterra, manifestando a ideia que a gestão do Bloco de Esquerda nada fez pela freguesia de Foros de Salvaterra.

 

Desafio-os a um exercício intelectual, depósito elevado, centenas de kms de asfaltamento, etar dos Foros de Salvaterra, etar da Várzea Fresca, cobertura total e na integra de saneamento básico e abastecimento de água na Várzea Fresca, centenas de kms de saneamento básico nos Foros, papel decisivo para a construção do centro saúde dos Foros de Salvaterra com a cedência de terreno, parque de jogos e lazer dos Foros, parque infantil da Várzea Fresca, recuperação da praia fluvial e Infra-estruturas da barragem de Magos, apoio às colectividades e comissões de festas de forma igualitária. Pergunto, a gestão do Bloco de Esquerda não fez nada? como estaria a freguesia de Foros de Salvaterra se o Bloco de Esquerda não tem ganho as eleições? sabemos hoje que a gestão do partido Socialista deixou a freguesia de Foros de Salvaterra ao completo abandono, como se comprova pelas obras feitas no mandato do Bloco de Esquerda.

 

Sr. Presidente, Sra. Vereadora e Srs. Vereadores na politica não vale tudo, e porque estamos a falar de Foros de Salvaterra, termino registando a falta de honestidade intelectual que vai fazendo escola nesta gestão autárquica do partido Socialista.

 

Vejamos a resposta dada a um munícipe dos Foros de Salvaterra pelo Sr. Presidente através do seu blog à pergunta sobre a falta de investimento nesta freguesia e disparidade com as restantes freguesias.

 

Numa resposta datada de 21 de Janeiro do presente ano respondia o Sr. Presidente, passo a citar " continuamos a repavimentar estradas nos Foros de Salvaterra. Já por este executivo camarário foi o Largo 25 de Abril, a R. Forno do Tijolo, a Est. das Malhadinhas, a Est. da Barragem e a R. D. Afonso Henriques..." Sr. Presidente chega de inverdades, a nossa população não merece este tipo de comportamento. Todos estes repavimentos, à excepção da R. D. Afonso Henriques foram obra da gestão do Bloco de Esquerda, a exemplo do Centro Escolar de Marinhais, o Sr. Presidente só teve que assinar cheques, porque a candidatura, a adjudicação e cabimento financeiro foram obra do mandato do Bloco de Esquerda.

 

Sr. Presidente já agora para memória futura os valores correctos foram, estrada da barragem 91.234,45; largo 25 Abril 11.282,99; estrada das malhadinhas 349.455,88 e não tenho presente o valor da da rua forno do tijolo.

 

Quem desejar consultar esta preciosidade, não vale a pena perder tempo, pois esta resposta, certamente envergonhada, ausentou-se por tempo indeterminado do blog.

 

Vereador Luís Gomes

 


Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República


Em resposta à nossa Pergunta nº. 87/XIII/1ª, o Ministério do Ambiente (MA) respondeu através do Ofício Nº.170 de 08-01-2016, em que nos são prestadas detalhas informações sobre os graves problemas da poluição no rio Tejo.
O teor do ofício acima referido, bem como alguns ulteriores desenvolvimentos --- audições na Assembleia da República (AR), reiterados incidentes poluidores e medidas aplicadas à Centroliva ---- levam-nos a solicitar informações adicionais sobre esta matéria.
O ofício supracitado menciona “um agravamento dos problemas de poluição no rio Tejo”, no segundo trimestre de 2015. No entanto, em audição na AR, o Sr. Presidente da APA afirmou estar ainda em “avaliação preliminar” o Plano de Desempenho Ambiental da Celtejo, empresa identificada como uma preocupante fonte de poluição.
No mesmo ofício, são ainda identificadas várias outras “potenciais fontes de poluição”, bem como vários outros casos de situações em que se “apresentam pontualmente valores limite de emissão ligeiramente superiores aos autorizados pelas licenças de utilização dos recursos hídricos”.
Todas as entidades mencionadas “foram notificadas para a adoção das medidas consideradas necessárias para a resolução dos problemas detetados”, as quais, à data da resposta do Ministério do Ambiente ao Grupo Parlamentar do BE, “ainda não se encontravam cumpridas na totalidade”.
Muito recentemente, o Ministério do Ambiente deu um prazo de 30 dias à empresa Centroliva, para que esta adote medidas de cumprimento da legislação, sem o que não poderá continuar a exercer a sua atividade. Mais precisamente, numa nota enviada à imprensa, o Ministério do Ambiente adianta ter determinado um mandado para que a empresa “adote num prazo de cinco dias, as medidas mais urgentes com vista à limpeza dos solos e remoção das terras contaminadas”. A Centroliva terá ainda que, no espaço de 30 dias, “adotar as medidas necessárias para que possa continuar a exercer a sua atividade sem incumprimentos ambientais”. A nota adianta que, caso a Centroliva “não cumpra as medidas agora determinadas, a Inspeção-Geral do Ministério do Ambiente determinará a suspensão da atividade da empresa”.
Curiosamente, a crer no teor do ofício supracitado do MA, a Centroliva até nem seria o caso de poluição mais grave, porquanto apenas à Celtejo teriam sido exigidas “medidas adicionais para cumprimento das condições de descarga”. Não temos, porém, notícia de que à Celtejo tenham sido impostas medidas semelhantes às agora determinadas para a Centroliva.
Além disto, de acordo com a informação prestada pelo Senhor Presidente da APA na sua audição na Comissão de Ambiente, o regime de auto-controlo da Celtejo deveria passar de mensal para diário - nos casos dos sólidos suspensos totais (SST) e da carência química de oxigénio (CQO) - e de semanal para contínuo no que respeita à carência biológica de oxigénio (CBO5) e Nutrientes. Esta monitorização em contínuo de caudal dos despejos, seu pH, temperatura e condutividade, forneceria uma "fotografia" instantânea das descargas para o meio recetor, o Rio Tejo, devendo a informação recolhida ser acessível ao público em tempo real.
Na mesma audição da APA, o seu presidente informou que as autoridades espanholas admitem diminuir ainda mais o caudal do Tejo num futuro próximo, agravando-se, por consequência a qualidade da água. Não sendo de esperar diminuição da atividade agrícola do lado espanhol, o resultado será um aumento da eutrofização por excesso ainda maior de nutrientes.
Finalmente, no âmbito da DQA e do PGRH 2016-2020 (em elaboração) os prazos apontados para garantir o bom estado das massas de água PT05TEJO913 – Albufeira de Fratel, PT05TEJO899 – Rib. Açafal (jusante) e PT05TEJO0896 – Rib. Açafal (montante) são prorrogados, para 2021, as duas primeiras, e para 2027, a última, considerada em estado “Medíocre”.
Ora, segundo a alínea b) do Nº.1 do artigo 4º. da DQA, estas prorrogações de prazos, bem como a respetiva justificação, devem ser “especificamente referidos e explicados” no Plano de Gestão de Bacia Hidrográfica.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, as seguintes perguntas:
1.     Considera o governo que o prazo de quase um ano para uma avaliação “preliminar” do Plano de Desempenho Ambiental da Celtejo é compaginável com o arrastar de uma situação cuja gravidade é (re)conhecida, levando inclusivamente à realização de algumas reuniões durante o ano passado?
2.     Quando estará concluída definitivamente essa avaliação e será conhecido o prazo que a empresa disporá para adotar as “medidas adicionais”, consideradas necessárias?
3.     Que medidas tomou ou prevê tomar para impedir que os investimentos previstos pela Celtejo só ocorram em 2019-2020, e não mais cedo como havia sido determinado?
4.     Em que ponto se encontra a adaptação   do regime de auto-controlo da Celtejo?
5.     Das diversas entidades “notificadas para a adoção das medidas consideradas necessárias para a resolução dos problemas detetados”, neste momento quais as que já executaram as medidas indicadas? Quais as que não cumpriram? Para quando o cumprimento integral?
6.     Quais os motivos específicos que levam a considerar a prorrogação dos prazos para a garantia do bom estado das massas de água PT05TEJO913- Albufeira do Fratel, PT05TEJO899- Ribeira do Açafal (Jusante) e PT05TEJO0896- Ribeira do Açafal (montante)?

Palácio de São Bento, 17 de fevereiro de 2016.

Os deputados
                                                                                                          Carlos Matias
Jorge Costa

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