Nota de Imprensa
Instabilidade na Câmara de Salvaterra prejudica Concelho
AUTORITARISMO E INCOMPETÊNCIA DO PRESIDENTE TERÃO
LEVADO À SUSPENSÃO DE JOÃO OLIVEIRA
O vice-presidente da Câmara de Salvaterra de Magos,
João Oliveira, suspendeu a partir de 1 de Junho, o seu mandato naquele órgão
municipal, confirmando-se a degradação das relações no seio da maioria eleita
pelo PS que dirige o Executivo. João Oliveira tinha os importantes pelouros das
obras municipais, serviços urbanos e proteção civil. Com a saída de João
Oliveira do Executivo, Hélder Esménio centralizou em si mais esses pelouros,
reforçando os seus poderes pessoais numa Câmara cada vez mais autocrática.
O BE, preocupado com a estabilidade da governação
municipal, já tinha pedido esclarecimentos sobre esta matéria na reunião de
Câmara de 06 de Maio. Como habitualmente, Hélder Esménio negou aquilo que já
era evidente e que começava a ser do domínio público. Passado menos de um mês,
a realidade veio a confirmar-se e a dar razão aos vereadores do Bloco, com o
consumar-se da saída de João Oliveira da vice-presidência.
Desde muito cedo que o autoritarismo do presidente da
Câmara ficou percetível, não só pela forma como se relaciona com as oposições,
mas também como exerce o seu mandato em geral. A título de exemplo, basta
recordar que apesar de ter sido aprovado por unanimidade o horário das 35 horas
para o pessoal do município, o presidente teima em não o aplicar. Hélder
Esménio tem sido incompetente para criar um mínimo de coesão no Executivo,
apesar do esforço dos vereadores do Bloco nesse sentido. O PS, nas suas várias
fações, está a ser incapaz de lidar com o problema.
No início do ano, o presidente estabeleceu uma aliança
com o PSD/CDS, não contestada pelo PS, através da atribuição de um pelouro a
tempo inteiro ao vereador Francisco Naia. O objetivo era claro: aumentar os
poderes do presidente que, dessa forma, passava a ter disponível uma maioria
absoluta, de modo a dispensar o diálogo com as oposições para a construção de
propostas conjuntas.
Porém, a instabilidade estava na própria maioria e nem
a aliança do PS com o PSD/CDS, que envergonha a esquerda, conseguiu esconder
essas contradições internas. Em vez de procurar um clima de diálogo entre as
várias forças representadas na Câmara e no seio da própria maioria, Hélder
Esménio, com a cobertura do PS, optou por mais autoritarismo e menos
democracia.
Como sempre, quem semeia ventos colhe tempestades, e é
o que neste momento se está a passar na Câmara. A tempestade irrompeu de dentro
da própria maioria. Quem sai prejudicado com esta instabilidade permanente e
crescente é o Concelho e as populações que em vez de poderem contar com um
Executivo que faça obra, assistem à desagregação de uma maioria que ainda não
atingiu o meio do mandato e já está dilacerada e sem rumo.
O BE lamenta a saída do vice-presidente João Oliveira,
mas respeita a opção tomada, reconhecendo o contributo positivo que dava ao
Executivo, a que não era estranha a sua experiência como autarca, sendo
certamente o elemento mais qualificado desta maioria.
É patente a dificuldade do presidente em dialogar e
fazer equipas que queiram consigo trabalhar, demonstrando mais uma vez a sua
falta de capacidade de liderança democrática e agregadora de vontades que lutem
pelo Concelho. O PS está bloqueado pelas divisões entre grupos internos. Não se
entendem entre si e o presidente não se entende com ninguém. Esta maioria
revelou-se uma desilusão e não consegue colocar em prática um projeto de
desenvolvimento sério para o Concelho.
O Bloco continuará o seu trabalho ligado às
populações, apresentando propostas e lutando por elas, pois o Concelho está
sempre em primeiro lugar.
Coordenadora Concelhia de Salvaterra de
Magos

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