segunda-feira, 26 de dezembro de 2016













Reunião Câmara 21-12-2016





Portugueses em risco de pobreza
O INE publicou dados sobre a pobreza de 2015, mas também alguns números já para
este ano. Inquérito feito em 2016 conclui que há 2,6 milhões de portugueses em risco de pobreza ou exclusão social.
Estas pessoas correspondem à população que está em risco de pobreza, que vive em agregados onde os adultos trabalharam menos de 20% do tempo que era possível ou que está numa situação de "privação material severa". Tudo somado, um em cada quatro portugueses estão nessa situação (25,1%).
Importa referir que estes dados são diferentes do risco de pobreza, Nesse caso, a percentagem reflecte o número de pessoas que vive com menos de 439 euros por mês, o equivalente a 60% da mediana do salário líquido em Portugal.
O INE explica que a estratégia Europa 2020 definiu como objectivo reduzir em 20 milhões o número de pessoas "em risco de pobreza ou exclusão social na União Europeia". Nesse sentido, foi definido um indicador harmonizado que permite avaliar o cumprimento desse objectivo, juntando conceitos de pobreza relativa, privação material e integração no mercado de trabalho.
"De acordo com o inquérito realizado em 2016, 2,6 milhões de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social (pessoas em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material severa)", pode ler-se na publicação do INE. "Consequentemente, a taxa de pobreza ou exclusão social é de 25,1%, menos 1,5 pontos percentuais do que no ano anterior."
O INE parte de nove itens relacionados com as "necessidades económicas e de bens duráveis" de uma família. Não ter acesso a três deles faz com que essas pessoas sejam
classificadas como estando em privação material. Se não tiver acesso a quatro ou mais essa privação material é considerada "severa". "Em 2016, a taxa de privação material dos residentes em Portugal é de 19,5% e a taxa de privação material severa é de 8,4%, mantendo-se a tendência de redução das duas séries", referem os técnicos do INE.
Segundo estes dados, em 2016 47,2% dos portugueses vivem em agregados familiares que não conseguem pagar uma semana de férias fora de casa. O valor parece alto, mas ainda assim apresenta um recuo face aos 51,3% de 2015. 38,3% não tem capacidade para fazer face a uma despesa inesperada que ronde o valor da linha da pobreza (um pouco acima dos 400 euros); 22,5% está integrada num agregado familiar que não tem dinheiro para manter a casa aquecida; e 9,3% não tem capacidade para pagar a tempo a renda ou outras despesas correntes.
De referir que a população infantil e a população idosa registaram acréscimo nas taxas de pobreza. Atravessamos uma data que por excelência convida à partilha, e somos
confrontados com dados que referem que é o período do ano em que os idosos mais são abandonados nos hospitais.

Assinalou-se ontem o Dia Internacional da Solidariedade Humana (20/12), sendo importante esta solidariedade na redução de casos tão flagrantes de pobreza, sendo de crucial importância também o voluntariado que é prestado por todos os que lutam para a redução destes números.


Foros Salvaterra
A 23-12-1984 foi criada a Freguesia de Foros de Salvaterra, o decreto-lei 73/84 publicou a criação da freguesia a 31-12-1984, tendo a população rejubilado de alegria. Passados quase 30 anos, foi-lhes retirado o estatuto de freguesia. Deixamos aqui os nossos votos também de solidariedade para com toda a população forense fazendo votos para que quem tem o poder possa revogar lei tão injusta.


Unicef faz 70 anos

Aprovámos na última reunião de câmara, um pequeno contributo de apoio à Unicef.
A Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, assinalou a 11 Dezembro 70 anos de existência.
Ao longo de sete décadas, o organismo que zela pela protecção das crianças, em especial das mais vulneráveis, tem trabalhado sem interrupção nos lugares mais difíceis do mundo para levar ajuda vital e apoio a longo prazo àquelas cujas vidas e futuros são ameaçados. Seja por conflitos e situações de emergência, seja pela pobreza, pelas desigualdades ou pela discriminação.
Para assinalar os seus 70 anos, a Unicef publicou o relatório “For Every Child, Hope — UNICEF@70: 1946-2016″, que, além de fazer faz ainda uma retrospectiva do trabalho da organização, revela novos dados sobre as condições actuais dessas crianças.
Segundo o relatório, cerca de 535 milhões de crianças, quase uma em cada quatro, vivem em países afectados por conflitos ou catástrofes muitas vezes sem acesso a cuidados médicos, educação de qualidade, nutrição e protecção adequada.
A África Subsaariana concentra a maior parte, com perto de três quartos, ou seja, 393 milhões do total de crianças a viver nessas condições. Seguem-se o Médio Oriente e o norte de África, onde residem 12% destas crianças.
A Unicef detalha que o impacto dos conflitos, das catástrofes naturais e das alterações climáticas estão a obrigar as crianças a abandonar as suas casas, a encurralá-las atrás de linhas de confronto, colocando-as em risco de sofrerem de doenças e de serem alvo de violência e exploração.
Perto de 50 milhões de crianças foram deslocadas, das quais mais de metade foram forçadas a abandonar as suas casas devido a conflitos.
Com a escalada da violência na Síria, o número de crianças que permanece em zonas sob cerco duplicou em menos de um ano, referiu a organização. São, de acordo com a Unicef, cerca de 500.000 as crianças a viver actualmente em 16 zonas sob cerco no país, praticamente sem acesso a ajuda humanitária sustentada e serviços básicos.
No nordeste da Nigéria, perto de 1,8 milhões de pessoas estão deslocadas, das quais quase um milhão são crianças e no Afeganistão, cerca de metade das crianças em idade escolar primária não têm acesso à educação. No Iémen, quase 10 milhões de crianças vivem em zonas afectadas pelo conflito e no Sudão do Sul, 59% das crianças em idade escolar primária estão fora da escola e uma em cada três escolas em zonas de conflito estão encerradas.
Já no que se refere às zonas afectadas por catástrofes naturais, o organismo refere, por exemplo, que dois meses depois de o furação Matthew ter atingido o Haiti, mais de 90.000 crianças menores de cinco anos continuam a precisar de assistência.



Associações

Votos de boas festas a todas as associações e colectividades, seus dirigentes, associados e familiares, desejando que o novo ano que se aproxima seja um ano repleto de realizações.









Vereador Manuel Neves

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