VOTO DE CONGRATULAÇÃO Nº /XIII/2ª
PELO RECONHECIMENTO DA ARTE DA FALCOARIA EM
PORTUGAL COMO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE PELA UNESCO
A falcoaria portuguesa junta-se assim
aos 13 países onde a prática já é reconhecida como Património Imaterial da
Humanidade, após candidatura apresentada em 2015 pela Câmara Municipal de
Salvaterra de Magos, em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo
e Ribatejo, a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Falcoaria.
Trata-se do
reconhecimento mundial do valor desta expressão viva e identitária da cultura
portuguesa, considerada a mais nobre das artes cinegéticas, associada a um conjunto de outros países de vários pontos do
globo, que partilham a mesma paixão por esta arte, pela ave e pela natureza e que
constitui uma das mais antigas relações entre o homem e a ave.
Com uma tradição com mais de quatro mil
anos de história, foi, aliás, a prática da falcoaria que levou, no século
XVIII, a que D. José I tenha mandado construir a Falcoaria Real, em Salvaterra
de Magos, que se tornou local de encontro de falcoeiros oriundos de vários
pontos da Europa.
A Arte da Falcoaria atingiu, em
Portugal, várias dimensões e expressões, de onde se destaca, também, a sua
prática “montada” em plena conjugação com a Arte Equestre. Alter do Chão, pela
sua ligação ao cavalo de raça lusitana tem assumido a defesa dessa vertente,
que agora se reconhece como fator de distinção.
Este é, por isso, um momento histórico
para a falcoaria em Portugal, e também uma oportunidade importante para a
promoção e desenvolvimento responsável da prática no nosso país, bem como da
valorização económica e social, pela dinamização e
diferenciação turística, com particular destaque para o concelho de Salvaterra
de Magos que, além dos produtos e da beleza natural da região ribatejana, poderá
também proporcionar aos seus visitantes o contacto com esta arte tão fascinante.
A
Assembleia da República, reunida em Sessão Plenária, congratula-se com o
reconhecimento da Arte da Falcoaria em Portugal como Património Cultural
Imaterial da Humanidade pela Unesco.
S. Bento, 5 de dezembro de 2016
Os Deputados,
Proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda e aprovada por unanimidade.
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